A partir das solicitações apresentadas pelo presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Silvio Rodrigues e do vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), José Carlos Alencar, durante encontro realizado nesta terça-feira (28), o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, garantiu que um planejamento operacional será montado em conjunto com as polícias Civil e Militar, além de rondas policiais em todas as unidades de saúde do Estado.
De acordo com a SDS hoje já existe a presença da PM e da Civil em vários hospitais e a intenção é ampliar a presença física dos policiais nas principais unidades hospitalares do Estado, principalmente nas emergências. Também participaram da reunião o secretário Executivo de Defesa Social, Alessandro Carvalho de Matos; o Chefe da Polícia Civil, Manoel Carneiro; e o diretor do Simepe, José Tenório.
O objetivo principal da reunião foi de solicitar reforço policial nas unidades hospitalares, em virtude dos últimos casos de violência contra os médicos, a exemplo de um médico do município de Jupi, no Agreste do Estado, que foi baleado por paciente dentro da Unidade Mista Claudina Teixeira no último dia 17 de junho.
O presidente do Simepe, Silvio Rodrigues, enfatizou a necessidade do encontro com os representantes da Defesa Social Estadual por conta das denúncias de ameaças, intimidações, agressões verbais e físicas que chegam quase que diariamente à entidade médica. “Solicitamos ações pontuais e específicas. Em curto prazo vamos divulgar para as unidades de saúde, não só estaduais como também municipais, telefones das polícias Civil e Militar onde em qualquer ocorrência o policial possa chegar mais rápido no local”, assinalou.
Por sua vez, o vice-presidente do Cremepe, José Carlos Alencar, ressaltou que a insegurança nas unidades de saúde é um alerta antigo das entidades médicas, uma vez que as emergências são locais de muita tensão, por conta da superlotação e do tempo de atendimento dos pacientes.“ Os médicos em geral têm medo de formalizar essas denúncias, por isso, não temos um quantitativo oficial. As entidades médicas vão enviar um relatório com todas as unidades de saúde do Estado e também, os locais de maior vulnerabilidade em relação à falta de segurança”,acentuou.
O secretário Damázio solicitou das entidades médicas um mapeamento das unidades de saúde do Estado para cruzar informações e traçar algumas estratégias de segurança. “A partir desse relatório iremos ter conhecimento das demandas, tais como ampliação da presença física da polícia nas unidades de saúde; difusão dos contatos - via telefone e emails - dos gestores de saúde e das polícias, inclusive, os contatos pessoais. Além disso, estamos incluindo as unidades de saúde no cartão-programa, que nada mas é do que inserir os hospitais no cronograma de rondas policiais”, frisou o secretário.
Por Chico Carlos |